João Paulo Fonseca

João Paulo Fonseca

terça-feira, 15 de abril de 2014

Charleroi

Estou na Bélgica, quase a entrar na França. Fiz 1200 Km. E até agora homem e máquina estão a funcionar bem. O tempo tem ajudado. Frio mas maioritariamente tempo seco. Antes de me afastar muito da Alemanha, devo falar da forma como os germânicos encaram o uso da bicicleta.É  enorme o número de pessoas que se deslocam diariamente de bicicleta. Convivi com alguns que nem possuem carro. As cidades sao planas e existe uma boa rede de transportes públicos, onde se pode transportar a bicicleta. Munster é a capital alemã das bicicletas. Cada habitante tem em média, três bicicletas, Duas estragadas e uma a andar. Munster tem o maior índice de criminalidade devido ao roubo das ditas. Interessante. E vê-se de tudo. Pasteleiras, algumas já a chocalhar. Com cesto à frente ou atrelado. Triciclos com duas rodas à frente ou atrás. Porta bagagem à frente, tipo caixa de gelados, ou atrás. Uma diversidade curiosa. Um exemplo a seguir.
Outras histórias. Em Colónia fui recebido pela Louise e o Ludwik. Um casal holandês muito hospitaleiro e simpático membros da wormshoers. Ocupados com a mudanca de casa de uns amigos, propuseram jantar as sobras do jantar anterior. Venham as sobras, pensei. Sou um bom reciclador. As sobras foram nada menos, que comida da Georgia. Sim. O país junto à Turquia e Arzebeijao. Imaginem comida diferente e saborosa acompanhada dos respectivos vinhos da Georgia e Arménia. Ao sons de música do folclore georgiano. Inesquecível. Se eu fosse para um hotel nao tinha história. Outro episódio bonito. Cheguei a Aachen ja perto das 20 horas. Enquanto esperava pelo meu WS dessa noite, percebi um movimento de pessoas na minha direcção. Era o Rui e três amigas. Duas delas portuguesas e a outra alemã. O Rui estuda engenharia mecânica. Foi um momento de grande alegria mútua. Tagarelamos sem parar. Tiramos fotografias, fizeram perguntas. Rimo-nos da mistura das várias linguas. Português, alemão inglês.... Despedimo-nos a custo. O Jayesh tinha chegado, de bicicleta, para irmos para casa. O meu anfitrião wormshoers, é indiano e....pasme-se, natural de GOA. Tinha acontecido um momento soberbo. Seis deconhecidos atraídos pela bandeira portuguesa. Todos de origem diversa mas unidos naquele instante, pela portugalidade. Agora vou jantar em casa da Andrien. Estão à minha espera. A próxima crónica será de casa do José Rei em Paris. Faltam 3 ou 4 dias de viagem. Ate lá. Obrigado pelo vosso apoio.

1 comentário:

  1. João Paulo, estou a viver a tua viagem como se fosse minha, tenho dado por mim várias vezes a imaginar onde estarás, que tipo de paisagen estarás a vêr nesse momento, visualizando um imaginário como se fosse uma história que me estivessem a contar enquanto criança, fico contente de saber que estás bem e deixo votos que tudo continue a correr pelo melhor, um FORTE ABRAÇO.

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